29 de agosto de 2011

Jóias Devolvidas






Narra antiga lenda que um rabi, religioso dedicado, vivia muito feliz com sua família. Esposa admirável e dois filhos queridos. Certa vez, por imperativos da religião, o rabi empreendeu longa viagem ausentando-se do lar por vários dias.
No período em que estava ausente, um grave acidente provocou a morte dos dois filhos amados. A mãezinha sentiu o coração dilacerado de dor. No entanto, por ser uma mulher forte, sustentada pela fé e pela confiança em Deus, suportou o choque com bravura.
Todavia, uma preocupação lhe vinha à mente: como dar ao esposo a triste notícia?
Sabendo-o portador de insuficiência cardíaca, temia que não suportasse tamanha comoção. Lembrou-se de fazer uma prece. Rogou a Deus auxílio para resolver a difícil questão. Alguns dias depois, num final de tarde, o rabi retornou ao lar.
Abraçou longamente a esposa e perguntou pelos filhos...
Ela pediu para que não se preocupasse. Que tomasse o seu banho, e logo depois ela lhe falaria dos moços. Alguns minutos depois estavam ambos sentados à mesa. Ela lhe perguntou sobre a viagem, e logo ele perguntou novamente pelos filhos.
A esposa, numa atitude um tanto embaraçada, respondeu ao marido: deixe os filhos. Primeiro quero que me ajude a resolver um problema que considero grave.
O marido, já um pouco preocupado perguntou: o que aconteceu? Notei você abatida! Fale! Resolveremos juntos, com a ajuda de Deus.
- Enquanto você esteve ausente, um amigo nosso visitou-me e deixou duas jóias de valor incalculável, para que as guardasse. São jóias muito preciosas! Jamais vi algo tão belo!
- O problema é esse! Ele vem buscá-las e eu não estou disposta a devolvê-las, pois já me afeiçoei a elas. O que você me diz?
- Ora mulher! Não estou entendendo o seu comportamento! Você nunca cultivou vaidades!... Por que isso agora?
- É que nunca havia visto jóias assim! São maravilhosas!
- Podem até ser, mas não lhe pertencem! Terá que devolvê-las.
- Mas eu não consigo aceitar a idéia de perdê-las!
E o rabi respondeu com firmeza: ninguém perde o que não possui. Retê-las equivaleria a roubo!
- Vamos devolvê-las, eu a ajudarei. Faremos isso juntos, hoje mesmo.
- Pois bem, meu querido, seja feita a sua vontade. O tesouro será devolvido. Na verdade isso já foi feito.
- As jóias preciosas eram nossos filhos.
- Deus os confiou à nossa guarda, e durante a sua viagem veio buscá-los. Eles se foram. O rabi compreendeu a mensagem. Abraçou a esposa, e juntos derramaram grossas lágrimas. Sem revolta nem desespero.


Os filhos são jóias raras que Deus nos enviou para
amá-los, respeitá-los, ensiná-los a serem corretos,
justos e a amar a Deus e a seu próximo.
Se um dia eles forem para a casa do Criador,
primeiro que nós (os pais), vão chaios de
virtude do grande Amor de Deus. E cabe a
nós, pais, aceitarmos Seus desígnios.


5 comentários:

  1. Claudine, Adorei este seu artigo... simplesmente Maravilhosoooo!!...
    Agradeço ter visitado os meus blogues e os seus interessantes comentários!...
    Disse-me que os jogos de magia... por vezes dizem a verdade!... Para mim dizem sempre a verdade, embora as pessoas não queiram acreditar nesses factos que são verdadeiros!!
    Um beijo do amigo Luso!
    FrancK

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  2. Oi Claudine, obrigada! Que bom que gostou, tbm estou te seguindo pra conhecer melhor vc e o blog!!! Bjuss, ótima semana! *-*

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  3. Flor..obrigada pela visita!
    Espero recebe-la outras vezes em meu cantinho.
    adorei seu blog, cheio de paz..

    Luisa

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  4. Amiga Claudine,

    Que texto lindo e emocionante. Nós que somos pais sabemos a importância dessas jóias e quanto são caras para nós. Nossos filhos na realidade são emprestados a nós por Deus, temos só a obrigação de educá-los e amá-los. A gente sempre espera partir para outro plano antes deles, mas nem sempre é o que esperamos. Com certeza Deus conforta todos os corações que sofrem ausência dos seus entes queridos. Parabéns pela emocionante postagem.

    Quero agradecer pela sua amizade, pelas visitas ao blog Chega Mais, ao meu perfil no Orkut, Facebook... enfim, é bom saber que em algum lugar temos um amigo, mesmo que esse seja virtual. Um grande abraço e paz, saúde e felicidades para você e família.

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  5. A pessoa que não pode viver significativamente hoje não o pode esperar levar uma vida brilhante amanhã . Não importando que grandes planos a pessoa possa fazer, se não valorizar cada momento, será o exatamente como muitos castelos no ar. Todas as causas no passado e todos os efeitos no futuro estão condensados dentro do momento presente da vida. Se melhoramos ou não o nosso estado de vida neste momento, determinar se podemos expiar as maldades que causamos desde o infinito passado e se seremos capazes de acumular a boa sorte que permanecer por toda a eternidade. (Daisaku Ikeda)
    Bjão de uma fadinha que adora voar por ai.

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